segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mensagem: Atos Perigosos

ATOS DESNECESSÁRIOS E PERIGOSOS

“E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mateus 16.22).

Nesta passagem, o Senhor havia elogiado Pedro por sua resposta brilhante, na qual revelou crer que Jesus é o Mestre, o Filho de Deus. Contudo, Ele o advertiu do seguinte fato: não foi por meio de seu intelecto que o discípulo entendeu que Cristo era o Senhor, mas, sim, pela revelação do Pai, que está nos Céus. No entanto, meu irmão, em vez de meditar no que ouviu de Jesus, Pedro se deixou levar pelo inimigo e, pasme, logo a seguir, quando o Salvador falava do que Lhe sucederia, achou-se no direito de repreendê-lO.

Esse episódio nos ensina a termos cuidado para não cairmos em erro semelhante, achando falta em Deus. É bom verificarmos a fonte daquilo que ouvimos, certificando-nos desta questão: o que sentimos vem do Altíssimo ou não? Ora, essa resposta vem ao nosso coração por meio da pregação da santa Palavra, afinal, o que vem do Céu tem de estar de acordo com o que dizem as Escrituras. Na verdade, nem tudo aquilo que ocorre em nosso coração vem do Senhor. Um erro muito comum, por exemplo, é não prestarmos atenção ao que sentimos e, então, logo entregarmos a “mensagem” como se ela fosse da parte do Senhor. Isso é perigoso, pois, se não vem dEle, vem do inimigo, direta ou indiretamente.

Outra lição é que alguém pode até ser usado pelo Todo-Poderoso de modo espetacular, mas, se não vigiar, será levado pelas artimanhas do maligno, que, aproveitando um momento de vacilação, entra com suas desculpas esfarrapadas ou mesmo uma inspiração produzida nos porões mais profundos e sujos do inferno. No caso que estamos estudando, o apóstolo chegou a “dar-Lhe” uma lição de moral, sem se dar conta do que estava fazendo. Às vezes, agimos de forma parecida, não é verdade?

O que ocorreu não foi um ato simples, sem maiores consequências, mas uma entrada do diabo para levar o discípulo a atrapalhar o plano divino. Quem não vigia, em uma conversa descompromissada, pode ser usado pelo adversário para tirar uma pessoa da vontade de Deus, dando-lhe conselhos que nada têm a ver com o Altíssimo. Isso é coisa séria! Se você não tem uma palavra da parte do Pai, o certo é ficar calado. Jamais profira algo que não seja o que Ele lhe deu para entregar a alguém.

Pense neste exemplo: imaginemos que certa pessoa tenha caído em pecado, e o Senhor a está disciplinando. Ela sente que errou e começa a confessar sua transgressão. Então, ao nos encontrar, ela diz que sente a mão divina pesando sobre sua vida (Salmo 32.4). Sem pensar, dizemos a ela que isso é pura bobagem; basta reconhecer que pecou e pedir o perdão de Deus, pois, assim, tudo acabará. Ela afirma que já fez isso – mas, na verdade, não como deveria fazer. Então, nós a convencemos a acreditar que tudo já está resolvido, e o melhor agora é tirar esse pensamento da cabeça. Ela, por sua vez, acredita e resolve não mais abrir seu coração para o Senhor. Quem é o responsável pela sua atitude? Quem terá de prestar conta por tal ato? Pense nisso!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares

A Palavra de Deus para os Evangélicos

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