“Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade” (Salmo 103.8).
O Senhor Deus não somente tem misericórdia e piedade, mas também as pratica, pois todo Seu ser é cheio desses atributos. Além disso, o Criador é longânimo, o que significa que Sua paciência é algo que está sempre disponível para nós, da mesma forma que Sua benignidade. Essas marcas do Senhor fazem-nos sentir seguros, pois, se precisarmos dEle quanto a isso, Ele irá atender-nos.
É bom saber que nosso Deus é misericordioso e piedoso; Sua essência é composta dessas características. Com isso, por mais que usufruamos dessas qualidades, eles não se esgotarão. Assim como o Pai é eterno, Sua essência também o é. Temos de atentar para o fato de que o inimigo tentará vender-nos a ideia de que a misericórdia do Senhor acabou para alguns, bem como Sua piedade, no entanto, o Todo-Poderoso e tudo o que Ele é são inesgotáveis. Ele sempre estará pronto para atender os que dEle precisarem.
Ainda que sejamos infiéis, o Pai amado permanecerá fiel (2 Timóteo 2.13). A constituição de Deus não permite que, em qualquer caso, Ele aja de forma contrária ao que é. Se, em alguma situação, o Altíssimo deixar de ser misericordioso, estará negando a Si mesmo, e isso jamais acontecerá. Saber disso faz-nos um bem muito grande, pois, se necessitarmos de Sua bondade suprema, estamos certos de que seremos atendidos.
Quando nos afastamos do Pai celeste, Ele, por ser longânimo, nunca deixa de esperar pelo nosso retorno. Na parábola do filho pródigo, por exemplo, lemos acerca de um pai que estava sempre com os olhos no horizonte à espera do regresso do filho (Lc 15). Esse, ao retornar, alegrou o coração do pai e recebeu dele um tratamento que não merecia. O pai fez isso também por ser benigno; sua esperança e paciência pela volta do filho, que havia sido tolo, não tinham cessado.
Quanto à benignidade divina, não somos capazes de medi-la. Tudo o que podemos dizer é que ela é grande. Na parábola citada, mesmo o filho mais novo tendo levado a metade dos bens do pai e gastado tudo em orgias, foi aceito com festa e sem recriminações. Seu retorno era mais importante do que o prejuízo que causara.
Ao conhecer essas duas marcas evidentes do Senhor – misericórdia e piedade –, sentimo-nos mais seguros, pois, se alguma vez delas carecermos, temos certeza de que seremos atendidos. A parábola do filho pródigo, contada pelo Senhor Jesus, é a nossa certeza.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
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