Pelo que eu os entreguei aos desejos do seu coração, e andaram segundo os seus próprios conselhos (Salmo 81.12).
O Espírito de Deus não ficará contendendo para sempre com o homem (Gênesis 6.3). Quando Ele Se cansa, entrega a pessoa ao desejo do seu coração, e, então, ela deixa de ser guiada pelo Senhor e de ser repreendida quando erra, passando, assim, a andar segundo os próprios conselhos. Pobre dessa alma, pois sofrerá muitas agruras que teriam sido evitadas se tivesse dado ouvidos ao Único que vê e sabe tudo.
O Altíssimo ficou cansado com o fato de Israel não querer ouvi-lO. Dura pena esse povo sofreu, mas seu futuro poderia ter sido brilhante. Hoje, se os servos do Senhor continuarem dando atenção aos autodenominados “profetas”, terão de provar o mesmo que os israelitas provaram: a entrega aos desejos do seu coração.
Não há nada mais perigoso do que alguém atender às próprias vontades. Quando essas vêm do Pai, em razão de a pessoa ter dado ouvidos à Palavra dEle, tudo é mais fácil, pois os anseios que surgem por se fazer a vontade divina têm no Senhor o seu Cumpridor. No entanto, quando o homem não ouve a bendita voz dos céus, não cumpre o que lhe é dito e, consequentemente, o Todo-Poderoso o abandona à sua teimosia. O que resta é confusão, sofrimento e muita lágrima. Além disso, o diabo, que o enganou, ajuda-o a dar mais cabeçadas. O homem natural não tem condições de saber coisa alguma do mundo espiritual (1 Coríntios 2.14). Ele tem olhos, mas não vê; tem ouvidos, mas não ouve, e sua mente não consegue entender o que se passa além de uma parede. Então, andando guiado pelo que acha ser certo e fazendo a vontade da carne ou de alguém mais, ele cairá na cova, como quando um cego se propõe a guiar outro cego (Efésios 2.1-3; Lucas 6.39).
A luz brilha sempre que se lê ou se ouve a Palavra. Essa iluminação é a direção que Deus dá.
Entretanto, quando, por repetidas vezes, alguém fecha o coração para o que Ele lhe está mostrando, o tombo é certo e inevitável (Provérbio 29.1). Israel não quis ouvir; estava decidido a fazer o que bem desejasse e queria independência do seu Libertador. Como resultado, pagou um preço por demais alto.
Não são poucos os que compram, vendem, casam-se, viajam e tomam as mais diversas decisões sem consultar Aquele que só sabe fazer o bem. Depois, quando descobrem que agiram de forma errada, ainda culpam o Altíssimo por não os ter impedido de tropeçar. Porém, quem faz o que quer – ou quem não dá a devida atenção ao Mestre – vai tropeçar e cair, pois não há quem consiga vencer sem a ajuda do Senhor.
Em Cristo, como amor,
R. R. Soares
www.ongrace.com
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