“Pelo que me retribuiu o Senhor conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos” (Salmo 18.24).
Davi enumera, nos versículos anteriores desse salmo, várias atitudes que fizeram de sua vida uma corrente de vitórias. Segundo ele, foram tais ações que levaram o Senhor a retribuir sua justiça e a pureza de suas mãos perante os olhos do Pai.
Que exemplo a ser seguido! É bom dedicar-se a essa causa com as mesmas virtudes. Assim, você também será galardoado, tanto nesta vida quanto na eternidade; afinal, o importante é agradar a Deus.
A nossa justiça não deve ser exercida diante dos homens, para conquistar aplausos, mas em segredo, quando somente o Senhor nos vê (Mateus 6.4-18). Quem pratica a justiça para obter reconhecimento e louvor da sociedade recebe antecipadamente, e de maneira bem menor, o que teria no Grande Dia. Ora, por que trocar o que o Altíssimo dará a todos os Seus servos por aquilo que o homem oferece? O reconhecimento humano é transitório; o divino, eterno.
Meu irmão, a sua justiça é o que você faz com a sua fé. Quando ora, luta, determina e se esforça para obter o que aprendeu na Palavra do Senhor, exerce sua justiça e demanda seus direitos. Porém, não faça isso com mãos impuras nem com propósitos estranhos aos de Deus. Não é bom deixar-se levar por interesses baixos, pois apenas o Espírito Santo deve guiá-lo. Portanto, não aceite sentimentos de ganância, lucro pessoal ou interesse particular ao realizar a vontade divina (Tito 1.7-11). Ao contrário, fazer o que agrada ao Senhor é o que tão somente deve movê-lo. Assim, sua obra será agradável a Ele, e de modo algum você perderá seu galardão.
O escritor sagrado disse que suas mãos estavam limpas diante dos olhos do Senhor. Não podemos estar nessa condição somente perante os próprios olhos, pois, como temos a visão limitada, podemos estar totalmente enganados com nossos motivos (Provérbios 3.7; 16.25). No entanto, operando com pureza de mãos aos olhos do Todo-Poderoso, nada que venha do inimigo contaminará a nossa realização.
O salmista, porém, declarou que, para que suas mãos fossem puras, ele precisou guardar os caminhos divinos. Quem assim fizer também terá a mesma pureza. Ele disse que não se apartou perversamente do Senhor. Se fez algo de errado, não o fez com dolo. De fato, quando alguém cai em pecado por não ter vigiado, mas se arrepende, ele volta à comunhão. Todavia, o problema se dá quando a pessoa é advertida, no entanto, mesmo assim, deixa-se levar pela tentação e cai.
Davi também disse que o segredo para a vitória foi sempre ter os juízos de Deus perante seus olhos, bem como jamais se afastar de Seus preceitos. Ele ainda foi íntegro com relação ao Altíssimo e guardou-se da iniquidade, por isso, foi recompensado.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
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