Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais (João 5.45).
Quem vive no erro sabe, no fundo do seu coração, que, um dia, responderá pelas suas obras. Jesus disse aos judeus que não seria Ele quem os acusaria, mas, sim, o que eles tinham da Palavra do Senhor. Porém, aquele pouco de luz já os permitiria agradar a Deus. O conhecimento que adquiriram sobre a Escritura Sagrada não só era capaz de mudar a vida deles por completo, como também ser uma testemunha eficaz para a própria condenação.
O mesmo ocorrerá com os idólatras e membros de qualquer igreja denominada cristã. Ninguém poderá usar o argumento de que não soube o certo e o errado, pois todos têm dentro de si uma lei a qual lhes diz se o que fizeram é errado – a lei da consciência –, por meio da qual prestará conta de suas obras. Isso acontece tanto com quem, por exemplo, habita no meio de uma floresta quanto com quem vive no meio de um centro urbano. Mesmo os que nunca escutaram a Palavra têm noção dos princípios básicos da vida (Romanos 2.14-16).
Os judeus eram privilegiados, pois foram escolhidos dentre todas as nações para conhecerem o Senhor. Eles deveriam ter buscado mais o Altíssimo e – na ocasião que Ele veio encarnado na Pessoa do Filho, para resolver todos os problemas –, tê-lO recebido e conseguido a iluminação completa. Jesus foi claro com cada um deles ao dizer que a luz que possuíam, apesar de pouca, era capaz de salvá-los ou acusá-los no Grande Dia.
É certo que não entenderam a Palavra completamente, pois Ela ainda não havia sido entregue em Sua totalidade. No entanto, depois, Jesus e o Espírito Santo trouxeram a revelação total do plano de Deus. Mesmo assim, o que os judeus tinham a respeito disso – o Antigo Testamento – já era suficiente para que dessem conta com responsabilidade de seus atos.
Na realidade, o que haviam recebido não era suficiente para mudar-lhes a vida por completo, pois a graça e a verdade só vieram por intermédio de Jesus; porém, aquele pouco de luz tinha o poder de fazê-los entender que Cristo era o Messias (João 1.17). No entanto, como se recusaram a crer no Filho de Deus, aquela luz que brilhava sobre eles atuaria como uma testemunha eficaz para a condenação deles (Lucas 11.31,32).
Todos aqueles que se dizem seguidores de Cristo – sejam aqueles ainda ligados à idolatria ou membros das mais diversas igrejas chamadas cristãs – estão no mesmo patamar dos judeus. Eles possuem luz suficiente para buscar o Senhor e se converter. Mas, diversas vezes, doutrinas e interesses religiosos os fazem agir no erro, pois, para muitos deles, é mais importante viver assim do que servir a Deus verdadeiramente. Esses, no entanto, não poderão dizer que não souberam a Verdade.
RR SOARES
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