E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões (Mateus 21.13).
Que decepção! Ver a casa de Deus – que teria de ser um lugar de oração – transformada em covil de ladrões! Essa desilusão, causada pelos que, no passado, deveriam ter mantido o santuário de Deus como local de busca ao Senhor, foi grande. Nos dias de hoje, essa tentação continua, infelizmente, a fazer dele um covil de salteadores.
É preciso examinarmos o que está atraindo as pessoas à igreja. Se estão indo à casa do Pai para fecharem negócios, nós erramos o alvo, pois ela é lugar de libertação e mudança de vida. Se a igreja se tornou um point de moda, um local de negócios ou de se buscar um cônjuge, a mudança foi para pior. Dentro dela, somente a obra divina pode ser feita, e o respeito por ela deve ser tal, que, até mesmo, uma simples conversa comercial precisa ser evitada ou repreendida.
Por outro lado, se estão indo à casa de Deus por testemunhar em nosso meio o poder do Senhor em ação, estamos, verdadeiramente, atingindo o objetivo. Mesmo assim, se pudermos melhorá-la, bom será para todos.
Precisamos manter o templo puro, longe dos interesses pessoais ou estranhos aos planos divinos. Nele – e em nenhum outro lugar –, devemos encontrar a resposta aos nossos problemas e anseios. O santuário tem de ser um lugar de oração e manifestação do poder de Deus, e não da eloquência pessoal ou de ensinamentos não-bíblicos.
É possível que a igreja tenha – em seu rol de membros – políticos e empresários, porém, ela não pode ser política, e seu púlpito não deve ser usado com outro fim, a não ser o de anunciar o Evangelho, pois somente os assuntos do Senhor devem ser tratados em Sua casa.
Se a igreja pode ser transformada para pior, ela também pode tornar-se um local melhor. Na verdade, tudo nela deve levar as pessoas à reflexão e consagração. Por isso, faça da casa de Deus um lugar de operação de Seu poder. Torne-a melhor!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
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